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@moveisparacasa.oficialPublicado em 19/07/2024 | Por_Júlia Magalhães
A educadora italiana Maria Montessori fez história e mudou o curso da educação ao propor um método inclusivo, onde as crianças estão no centro das atenções, têm liberdade para pensar e agir, e o ambiente é sempre projetado para estimular suas habilidades. Um exemplo disso é o quarto montessoriano, que segue os princípios de autonomia e liberdade, permitindo que a criança explore e aprenda de forma independente.
Montessori, que também foi médica, pedagoga, psiquiatra e ativista, afirmava que o professor só deveria intervir se fosse necessário, pois os alunos deveriam aprender fazendo. É dela a célebre frase: “Qualquer ajuda desnecessária é um obstáculo para o desenvolvimento infantil”.
Mas e quando a gente pensa em arquitetura, design e decoração, como deveria ser, por exemplo, um quarto de bebê montessoriano? E quais os benefícios para a criança?
A arquiteta, especialista em pisos e revestimentos Rose Chaves explica: “O objetivo parte sempre do ponto-chave do sistema montessoriano, promover a autonomia, dar liberdade de explorar o ambiente e estimular a criatividade.
Para isso, algumas coisas, principalmente os móveis, devem ser pensados de forma estratégica. Como a criança poderia iniciar o contato com os livros, manipular e depois aprender a organizar e guardar, se eles estivessem todos em uma estante alta e fechada? Esse é o X da questão”, diz.
De acordo com a especialista, quando a gente fala em quarto montessoriano, todo mundo logo pensa na cama, aquela mais baixinha, no chão. Só que todo o quarto pode ser adaptado, com mesas e cadeiras menores, com uma estante de nichos, porta livros, organizadores, prateleiras, caixa de brinquedos, até o closet pode ser adaptado para dar acesso à criança, para que ela escolha as suas roupas, experimente, faça combinações, desenvolva o seu estilo e ajude a manter tudo limpo e organizado.
O armário ou closet montessoriano oferece uma série de benefícios à criança, começando pelas habilidades motoras até a autonomia, autoconfiança, sem falar na organização e responsabilidade, características muito importantes para a vida inteira.
“A gente tem a mania de assumir coisas que a criança é capaz de fazer, a partir dos dois anos, ela é capaz de escolher suas roupas, aos poucos, consegue se trocar sozinha, guardar e manter a organização. É mais fácil e mais rápido que o adulto faça por elas, mas nem sempre isso contribui para o seu desenvolvimento”, destaca Rose, que tem mais de 30 anos de experiência na área de arquitetura e design.
Para finalizar, a especialista alerta sobre a segurança: “De início, eu indico um berço com grades padrão, que pode até ser sem o pezinho e partir do chão, conforme o bebê cresce, as grades são importantes para evitar que ele saia pela casa sem a supervisão dos pais, isso pode acontecer até de madrugada. Depois, pouco antes dos 2 aninhos, aí podemos adaptar para a caminha, já que a criança consegue entrar e sair sozinha e até ajudar a arrumar pela manhã”, conclui.
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