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@moveisparacasa.oficialPublicado em 12/03/2020 | Por_Móveis para casa
Marcella Iasbik concluiu a graduação em Engenharia Civil em 2016 pela FUPAC Ubá/MG. Logo após se formar, embarcou em um novo desafio e cursou Design de Interiores pelo IBDI, em São Paulo. Hoje, tem um escritório com sua mãe, Adriane, e atuam há 5 anos no mercado de arquitetura e interiores. Juntas, já desenvolveram projetos em MG, RJ, SP e GO.Adriane Verbena tem uma vasta experiência no ramo. Está no mercado há mais de 20 anos e já trabalhou em diversas lojas do setor moveleiro. Há 5 anos seguiu o seu caminho como decoradora e, neste momento, começou a parceria com a sua filha, Marcella.
Após alguns anos de colaboração, pode-se dizer que ambas são muito realizadas profissionalmente e fazem o seu trabalho com muito amor.
Um projeto de interiores é constituído por muitos elementos, tais como materiais de revestimento, mobiliários, cortinas, entre outros. E um dos elementos fundamentais para que um projeto fique completo, aconchegante e ainda mais confortável é a iluminação.
É importante destacarmos que existem basicamente dois tipos: a iluminação natural e a artificial.
A iluminação natural (também conhecida como luz primária), como o próprio nome diz, é aquela já existente na natureza, ou seja, a luz que o sol fornece. Este tipo de luz é de extrema importância em uma edificação, pois ela garante o equilíbrio e a sensação de bem-estar, uma vez que a exposição moderada à luz solar é saudável e benéfica ao ser humano, pois impulsiona uma série de elementos fundamentais ao corpo. Além disso, a luz natural, quando bem aproveitada, pode reduzir até 30% o consumo de energia elétrica.
Casas mal iluminadas e com pouca incidência de luz solar, geralmente, são casas frias, sombrias e úmidas, sendo locais propensos para a aparição dos indesejáveis mofos. Ou seja, a iluminação natural trás inúmeros benefícios para uma casa, por isso deve ser aproveitada da melhor forma possível.
A outra forma de iluminação existente é a artificial, que vem para completar a iluminação necessária para um ambiente ser aproveitado confortavelmente durante o período do dia e da noite.
Quando o assunto é design, é com muita convicção que afirmamos que nenhum projeto de interiores está completo sem um projeto luminotécnico que valorize o ambiente corretamente. Dizemos isso porque a luz artificial não é somente um elemento básico cuja função é iluminar. A luz artificial é capaz de manipular todo um ambiente e despertar diferentes sentimentos e sensações nas pessoas que o utilizam.
Vamos mostrar um exemplo: Ao projetar uma sala de aula nós temos que ter o cuidado de utilizar lâmpadas fortes e com uma temperatura mais fria (tonalidade branca) para despertar interesse e atenção nos alunos.
Já no luminotécnico de um quarto, as luzes são predominantemente amareladas, para gerar aconchego. O que acontece se colocarmos exclusivamente iluminação branca em um quarto? O quarto perde um pouco a sua função, que é de gerar bem-estar, comodidade e a também aquela sensação de acolhimento no momento que a pessoa quer relaxar. O contrário também não funciona bem. Se colocarmos lâmpadas quentes em uma sala de aula, o local que deveria ser para o aluno ficar atento e desperto será um local onde ele se sentirá relaxado, acolhido e, provavelmente, vai interferir no seu rendimento escolar.
Estes foram apenas exemplos para mostrar o quanto é importante que o profissional conheça os tipos de lâmpadas, as temperaturas existentes no mercado, luminância e diversos aspectos que fazem toda diferença na hora de fazer um projeto luminotécnico.
Além de todo conhecimento exigido para se fazer um projeto de iluminação correto, também existe a parte estética. O arquiteto ou designer de interiores tem que ter o cuidado de estar sempre se atualizando sobre as novidades do mercado e as tendências nas mostras de decoração, pois surgem novos modelos a todo o momento.
Até poucos anos atrás, era muito comum termos somente 1 ponto de iluminação deixado diretamente na laje. Essa cultura permaneceu por muitos anos, inclusive muitas pessoas ainda gostam e utilizam este estilo. Porém, hoje em dia, as pessoas estão cada vez mais sentindo a necessidade de ter o auxílio de um profissional para que ele indique a forma mais moderna e atual para uma iluminação charmosa e que valorize elementos pontuais em um ambiente.
Por exemplo, a iluminação é um excelente elemento utilizado para destacar obras de arte, quadros ou peças de decoração que merecem um destaque a mais. Utilizando a lâmpada correta, na distância correta da parede e na temperatura adequada, é possível conseguir um efeito pontual na peça desejada, garantindo um charme a mais no ambiente.
Para fazer um bom projeto luminotécnico também é importante que ele seja pensado juntamente com o projeto de rebaixamento de gesso. É necessário um estudo preliminar, pois dependendo do modelo da lâmpada escolhida é preciso um rebaixamento maior no forro, para embutir o corpo da lâmpada.
Além disso, cortineiros também deixaram de ser somente um recuo no gesso para embutir a cortina. Hoje em dia, eles ganharam um componente a mais quando o assunto é estética, pois existe a possibilidade de iluminá-los, deixando-os ainda mais bonitos e dando um destaque a mais na cortina, que além da sua funcionalidade também é um elemento decorativo. Os rasgos, as sancas (normais e invertidas) e os recuos no gesso, atrelados a um bom projeto luminotécnico, também garantem estéticas cada vez mais bonitas.
Quando falamos em iluminação, temos uma variedade imensa de modelos, cores e estilos diferentes. Por exemplo: se o cliente é mais clean, podemos trabalhar com luzes indiretas, que fornecem este efeito de luminosidade e teto limpo. Se o cliente gosta do estilo industrial, podemos trabalhar com os famosos e queridinhos do momento os trilhos. Já para quem é um admirador dos velhos tempos, existem inúmeros modelos de pendentes no estilo retrô e vintage. Logo, o ideal é que o profissional converse com o cliente e entenda quais são suas preferências, seus estilos e qual sensação ele quer que a sua casa gere.
“Uma boa iluminação é tudo! Assim como nos palcos, nas fotos… Ela também é a vida de uma casa”. E é com esta frase do autor Marcello Thadeu que terminamos nossa breve conversa sobre iluminação.
Expomos que a iluminação no design de interiores pode ir muito além de somente o fato de iluminar, ela tem o poder de modificar o caráter do ambiente e valorizar cada espaço individualmente. Por isso, consideramos a iluminação um dos elementos mais fascinantes do design. Ela é desafiadora!
Cada projeto traz consigo uma nova história, onde o desafio é sempre usar a iluminação para criar efeitos que sejam capazes de gerar sensações individuais. E sensação é subjetiva, assim como a luz. Você não consegue ver, mas consegue sentir.
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