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@moveisparacasa.oficialPublicado em 13/04/2020 | Por_Thiago Rodrigo
Você sabe quais critérios levar em consideração ao escolher um colchão? Mais do que optar por um colchão de mola ou colchão de espuma e firme ou macio, há diversos aspectos que devem ser observados na hora da compra.
Pensando, justamente, em elevar a qualidade de algumas categorias de colchões e ajudar o consumidor a escolher um colchão de forma correta, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) definiu uma nova regra. O instituto atualizou a portaria que define alguns critérios de qualidade dos colchões, o que deverá beneficiar você, consumidor.
A mudança mais significativa é que, a partir de agora, todo colchão classificado como de espuma deverá, obrigatoriamente, ser constituído por, no mínimo, 70% de espuma flexível de poliuretano. Além disso, para ajudar você na hora de escolher um colchão com essa exigência mínima, ele deve apresentar na etiqueta definição clara de que outros tipos de materiais podem estar presentes no colchão.
Consequentemente, isso evitará que o consumidor compre um colchão que acredite ser de espuma, mas que, na prática, seja composto por placas de madeira, MDF ou EPS/poliestireno expandido (conhecido popularmente como isopor). A nova norma já foi publicada no Diário Oficial da União (no dia 13/2) e os fabricantes têm 12 meses para realizarem as adequações necessárias.
Fabiana Manzano, diretora-executiva do Instituto Nacional de Estudos do Repouso (Iner), órgão responsável pelo Certificado Pró-Espuma (um certificado que garante alto rigor desse produto), comenta que a medida irá contribuir para a padronização de algumas categorias de colchões e, igualmente, com a melhoria da qualidade dos produtos, ajudando no ato de escolher um colchão.
Entretanto, ela chama a atenção para o fato de que, apesar de ser uma evolução, ainda há espaço para melhorias. “Há um desconhecimento geral sobre muitos aspectos relacionados aos colchões. Por exemplo, poucas pessoas sabem que poliestireno expandido é, na verdade, isopor”, diz Fabiana, que esclaresce:
“Elas podem acabar comprando um colchão acreditando que essa matéria-prima traz algum benefício para o produto final, quando sua utilização está relacionada apenas à redução de custo de produção. Nós passamos cada vez mais horas do dia no colchão, seja dormindo, assistindo TV ou usando o celular. Comprar um colchão adequado e de qualidade é uma questão, também, de qualidade de vida”.
Outro ponto que Fabiana destaca é a questão dos certificados. O Pró-Espuma, por exemplo, é um atestado de qualidade colchões, travesseiros e estofados no Brasil que sempre aplicou critérios rigorosos nos testes de qualidade. Inclusive, segue norma superior à norma ABNT adotada na portaria do Inmetro.
“Para ter esse certificado o colchão não pode, por exemplo, apresentar qualquer outro material que não seja espuma ou espuma e mola de aço (para colchões de molas). O Pró-Espuma também tem critérios rígidos relacionados à deformação e durabilidade dos materiais, fazendo com que todos os colchões com esse certificado tenham qualidade superior comprovada”.
Para manter esse alto nível de qualidade, todos os fabricantes de colchões certificados pelo Pró-Espuma são fiscalizados mensalmente pelo Senai.
A espuma de poliuretano é o material de maior volume na fabricação de colchões. Mesmo os colchões de molas precisam ter camadas de espuma para isolar o molejo.
Por consequência, como esse material responde pela maior parcela do custo, muitas vezes resulta na busca por substitutos mais baratos que possam ser utilizados como camadas intermediárias. Do mesmo modo, podem serem adicionados na formulação da espuma – melhorando a margem da indústria. Por outro lado, diminui a qualidade do produto final, e isso são coisas importantes para você saber na hora de escolher um colchão na loja.
Em 2011, foi criada a primeira portaria que estabelece as diretrizes e os critérios para a fabricação de colchões. Na época, uma pesquisa do Inmetro revelou que 67% dos colchões vendidos no país possuíam alguma incongruência. Um risco para a saúde e bem-estar dos consumidores.
O constante aprimoramento das diretrizes de fabricação e fiscalização são essenciais para que o setor mantenha um padrão qualidade. “Por muitos anos a indústria sofreu com colchões de baixa qualidade. Tanto o consumidor quanto os vendedores de loja não têm conhecimento sobre os produtos. Portanto, é muito difícil explicar as diferenças de qualidade e de preço. Quando não há parâmetros que determinem um limite mínimo de qualidade, a indústria sofre com a concorrência de preços e o consumidor pode acabar comprando um colchão totalmente inadequado, só por ser mais acessível economicamente”, conclui Fabiana.
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