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@moveisparacasa.oficialPublicado em 27/01/2022 | Por_Thiago Rodrigo
O revestimento do móvel seriado brasileiro evoluiu muito em questão de qualidade, processos de acabamento e design. Tanto no acabamento em baixa pressão (BP) e finish foil (FF) quanto na impressão UV com tintas e vernizes, o avanço chega a ter uma fidelidade próxima ao da lâmina natural de madeira.
A designer da OF Design, Odete Formentão, frisa: “Se olharmos para os antigos padrões em mogno e para os lançamentos atuais, a evolução é gritante”.
Antes de prosseguir, você sabe o que são os revestimentos AP, BP, FF e UV?
Em resumo, os painéis AP, também chamados de formica, tem maior custo e maior resistência, são feitos em um processo de alta pressão das múltiplas camadas, com a base formada por papel kraft e a superfície por papel decorativo, impregnada com resina melamínica e prensada em alta pressão.
O painel BP é feito com baixa pressão, tendo apenas uma camada de papel decorativo sobre a chapa impregnado com resina melamínica, prensado e fundindo o papel ao painel.
Os finish foils (FF), que são mais comuns em móveis seriados (populares), tem o papel fino aplicado com cola que recebe uma cobertura de verniz. É menos resistente e, por isso, indicado para áreas verticais.
Por sua vez, os revestimento ultravioleta (UV), nada mais são do que a aplicação em painel de madeira cru revestidos com tintas e vernizes. É realizado em diversos processos para garantir a melhor aplicação da tinta com o acabamento do verniz e oferece grande durabilidade e resistência.
Ademais, novas tecnologias possibilitaram o desenvolvimento de diversos padrões. Os revestimentos estiveram sempre associados a tendências na decoração.
Por exemplo, o rústico começou a marcar presença no mobiliário nos últimos dez anos. “Tivemos o boom dos padrões mais rústicos e marcados. Além disso, tivemos também um longo período de madeiras mais acinzentadas, com grandes catedrais e veios marcados”, pontua a gerente de design, marketing e comunicação da Schattdecor, Elisa Toazza.
“Também eram valorizados desenhos com catedral maiores, as madeiras lineares, o pré-composto; também os carvalhos claros e médios fizeram sucesso nessa época”, acrescenta a gerente de marketing indústria da Eucatex, Andrea Krause.
A designer Odete Formentão comenta que os padrões madeirados rústicos cansam rapidamente “porque os fornecedores de tintas e rolos incentivam os fabricantes a terem acabamentos iguais entre si”, assinala.
Um problema que ela avalia do mercado de revestimentos, é que ao entrar em uma loja de produtos para marcenaria, não é possível distinguir entre um fabricante e outro. “Se uma fábrica tenta inovar no acabamento, em pouco tempo teremos dez ou mais com o mesmo produto ou muito próximos”.
A utilização de revestimentos rústicos funcionou (e vem funcionando) muito bem no Brasil devido à cultura de valorização da madeira como uma matéria-prima essencial para a evolução da sociedade (desde as pequenas marcenarias até as grandes fábricas).
Independentemente disso, o revestimento do mobiliário saiu de madeiras em cores tradicionais e bastante contidas, tanto em estrutura quanto em nuances, para resultados muito mais naturais, principalmente com desenhos aliados às texturas, criando produtos cada vez mais reais.
Mais sobre isso você pode conferir nos próximos textos do Móveis para Casa.
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