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Design afetivo: como usar na sua casa

As cozinhas azuis são exemplos de design afetivo. Além de modernizar o décor, resgatam a memória dos seus moradores

Publicado em 03/03/2023 | Por_Júlia Magalhães

Possivelmente você relembre as antigas cozinhas, várias com predominância do azul, pelo menos nos azulejos das paredes. O pensamento leva à memória da infância doce na casa de avós. Assim, o design afetivo reage no ser humano: resgata histórias e momentos especiais. E a cozinha é ótimo exemplo para isso.

“Mesmo com a pressa do dia a dia, é inegável que ela une as pessoas dentro do cotidiano. É nela que nos sentamos para tomar o café da manhã com nossos pais e filhos ou preparamos um jantar para os amigos. “São essas relações que nos permitem criar uma memória de sabor”, explica a arquiteta Patricia Miranda, responsável pelo escritório Raízes Arquitetos.

Assim como na moda, a arquitetura de interiores é cíclica e exalta tendências – muitas delas, estilos consagrados e atemporais. É o caso das cozinhas azuis, que combinado com os traços de uma marcenaria vintage, trazem uma atmosfera doce, leve e sempre atual para os projetos de moradores que tem no ambiente muito além de uma área dedicada ao preparo de alimentos, mas sim lembranças e comunhão com os sentimentos.

Design afetivo nos móveis

Para Patricia Miranda, as definições de um projeto dependem do que acontece no conjunto. “Por exemplo, se eu tenho muita informação em um revestimento de parede, acho melhor uniformizar a marcenaria dentro de dois caminhos: sob uma ótica monocromática ou com pequenos detalhes diferentes”, comenta.

Outro aspecto a ser observado diz respeito às dimensões do ambiente. Em cozinhas menores, a recomendação de Patricia é reduzir o trecho que apresentará um tom mais forte. “Uma área mais abrangente nos abre a possibilidade de ousar e brincar um pouco mais com as cores. Já fiz uma cozinha que era grande a ponto de ter dois ambientes, e aí pude usar branco, verde, madeira e um ladrilho hidráulico com linhas na cor laranja. E ficou muito bom”, lembra a arquiteta.

A liberdade de usar todos os tons

A arquiteta Cristiane Schiavoni, responsável pelo escritório que leva seu nome, é uma grande apreciadora dos projetos de cozinha com cores, seja na marcenaria, paredes ou revestimentos. De acordo com ela, o azul uma cor muito versátil. “Embora esteja em uma paleta fria, ela provoca as sensações de tranquilidade e consequentemente o aconchego. Sem contar que não é cansativo como tonalidades mais quentes como o amarelo, vermelho e laranja”, discorre.

Para conciliar o azul em seus projetos, Cristiane revela seu apreço por incluir tons que atuam como um contraponto na paleta. “Tanto o branco, como o preto e cinza são cores que conciliam muito bem com o azul na marcenaria. Outra dica, mas fora da marcenaria, é trabalhar o amarelo, que complementa o azul de forma perfeita!”, avalia a profissional. Mas entre as escolhas, o branco costuma ser aquele coringa que concilia e abre inúmeras possibilidades no décor.

Cristiane Schiavoni / Foto Carlos Piratininga

Marcenaria azul x base neutra

Na hora de projetar, a arquiteta Cristiane Schiavoni explica que a cozinha que a paleta pode adotar bases neutras, mas que não existe uma obrigatoriedade. “Tudo depende da proposta. Atualmente, estou debruçada em um projeto onde a marcenaria será azul e as paredes amarelas. Trata-se de uma proposta mais vintage e mais descontraída que aceita esse contexto”, comenta. Sobre as nuances, o gradiente mais claro, comumente conhecido como azul bebê, é o preferido. “Eu acredito nessa valorização da memória afetiva, pois cada vez mais as pessoas desejam uma casa não apenas bonita, mas que traga o senso de pertencimento e as emoções”, ressalta.

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