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@moveisparacasa.oficialPublicado em 10/11/2020 | Por_Thiago Rodrigo
Valorizar uma cor específica em um projeto pode ser sinônimo de elegância. Assim, deixar de lado as misturas é um fator relevante para a monocromia, um recurso muito adotado em projetos de mobiliários. Sinônimo de elegância e sobriedade, o cinza é uma das cores que seguem em alta quando o assunto é eleger um tom para investir sem medo. De fato, a possível escolha por móveis cinzas garante modernidade às cozinhas.
Mesmo com as tendências indicando que seu gradiente de tons pode ser aplicado em vários ambientes, inclusive na cozinha, surge a dúvida: como empregar na marcenaria e não deixar o ambiente tão sério? De acordo com arquitetos que já criam com móveis cinzas em seus projetos de cozinha, o segredo é dosar para que sua exposição propicie ares de um lugar gostoso, acolhedor e descontraído.
As arquitetas Paula Passos e Danielle Dantas, do escritório Dantas & Passos Arquitetura, Carina Dal Fabbro, do escritório que leva seu nome, e o arquiteto Renan Altera, do Altera Arquitetura, apresentam dicas de como eleger o cinza para a marcenaria da cozinha. Dessa forma, é possível combinar com o restante da decoração.
Por se tratar de uma cor neutra, a composição do cinza com outras tonalidades não é uma tarefa complicada. Sem dúvida, o cinza é um tom frio dentro do espectro das cores. Dessa maneira, ele se integra de forma bastante harmônica com madeirados e tons quentes. Com efeito, varia de acordo com o ambiente e a decoração.
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Em uma cozinha clássica, cores como o preto, branco ou bege são ótimas escolhas que contribuem para projetos repletos de personalidade. De conformidade com a madeira, o resultado caminha para um ambiente equilibrado. “Entre suas características, o cinza tem a capacidade de enaltecer as cores que o acompanham, destacando principalmente os tons madeirados”, releva Carina Dal Fabbro.
Para ambientes com proposta mais descolada, conduzindo para um estilo mais contemporâneo, o cinza pode vir acompanhado por tons mais vibrantes como o turquesa, laranja, verde, amarelo ou até mesmo um pink. No entanto, quem gosta da essência escandinava e clean tem a possibilidade de associar o cinza com madeiras mais claras e tons pastel, enquanto no industrial o décor pode contemplar pitadas de preto e o quente do terracota, muitas vezes presente em elementos com o tijolinho aparente.
Junto com a decisão pelo cinza, o acabamento da marcenaria é outro ponto relevante a ser considerado. Desse modo, deve ser resistente e prático para a rotina de uma cozinha. Dessa forma, o cinza pode marcar presença em laminados, painéis de BP, melamínicos, laca ou MDF revestido em tons mais escuros (grafite) ou claro (cristal) – muito indicados para cozinhas em função de sua solidez.
“Para quem deseja destacar o armário com uma base cinza, a laca brilhante se configura como uma excelente opção. O acabamento propicia fácil limpeza e visualmente chama bastante atenção, dando um ar ainda mais primoroso ao cômodo”, explica a arquiteta Carina.
Para o arquiteto Renan Altera, do escritório Altera Arquitetura, objetos decorativos como utensílios amadeirados, bandejas, plantas ou mini horta, porta temperos, pratos decorativos, cantinho do café, fruteiras, tapetes e itens de vidro, no geral, são excelentes opções para adornar um ambiente de cozinha predominantemente cinza.
“Independentemente do objeto decorativo, gosto bastante de trabalhar com o contraponto de cor. Itens de madeira, brancos, verdes e vermelhos são os meus favoritos em uma base cinza”, opina a arquiteta Carina Dal Fabbro.
Independentemente da cor da cozinha, a iluminação precisa ser pensada com muito carinho. Além de muito bem distribuída para facilitar o dia a dia, o projeto luminotécnico propicia um clima ainda mais aconchegante e especial.
Na cozinha, a iluminação pode ser associada com uma mescla de luzes frias e quentes. Enquanto a fria evoca o contraste e é mais indicada em áreas de preparo, a luz quente emana aconchego, se configurando como a escolha acertada para as áreas de refeições.
“Em cozinhas com armários ou base toda cinza, a luz pode ser absorvida pelos materiais mais escuros. Assim, sempre avaliamos o projeto como um todo para que o ambiente não fique escuro”, sugere Danielle Dantas, do escritório Dantas & Passos Arquitetura. “É recomendável buscar lâmpadas com alto IRC (Índice de Reprodução de Cor) para que a cor dos alimentos não seja alterada“, completa a arquiteta.
Apesar de ser um tom mais escuro, na cozinha o cinza é uma cor que evidencia a sujeira em uma escala menor, em detrimento dos tradicionais branco e bege, que demonstram qualquer traço. “Devido sua cor semelhante ao pó, eventuais manchas ou sujeiras demoram mais serem percebidas”, finaliza Renan.
Mas não é apenas em armários de cozinha que o cinza é uma tendência na decoração. Igualmente em outros ambientes da casa como áreas de serviço, banheiros, dormitórios, home office e sala de estar a cor pode – e deve – marcar presença. “Por se tratar de um tom neutro, elegemos para todos os ambientes, desde que sejam consonantes com o conceito do projeto”, reflete a arquiteta Paula Passos.
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