Postado por Júlia Magalhães em 27/jun/2024 -
O minimalismo, uma tendência que valoriza a simplicidade e a funcionalidade, vem ganhando destaque na decoração de interiores. Ambientes minimalistas não apenas promovem uma estética limpa e organizada, mas também proporcionam uma sensação de paz e clareza.
Durante a edição 2023 da CASACOR Pernambuco, as arquitetas Ana Moura e Ana Higino assinaram o espaço “No Abraço” [foto destaque], uma sala de jogos multiuso projetada para o convívio familiar, sem a interferência de distrações tecnológicas. Neste ambiente, a dupla utilizou cores neutras e o porcelanato “Soho Nude”, produzido pela Cerbras, com acabamento acetinado no formato 120x120cm.
Para a arquiteta e urbanista Ana Moura, “ambientes minimalistas são caracterizados pela sobriedade acima de tudo, e apresentam uma arquitetura e design com linhas simples e retas. Os elementos arquitetônicos devem ser atemporais, sem muitas texturas ou rebuscamentos”, avalia.
Antes de começar, é importante entender que minimalismo não significa apenas “menos”. Trata-se de uma abordagem consciente para a escolha de móveis e objetos, priorizando a funcionalidade e a beleza simples. Cada peça deve ter um propósito e um lugar definido no ambiente.
A iluminação natural é fundamental em ambientes minimalistas. Janelas grandes, cortinas leves e espelhos estrategicamente posicionados ajudam a refletir a luz e a criar uma sensação de amplitude. Quando a luz natural não for suficiente, opte por luminárias simples e elegantes que complementem o ambiente.
De acordo com a profissional, nesses ambientes, a iluminação deve ser uniforme ou permitir a criação de cenas, com pontos focais para realçar objetos, como determinado quadro, poltrona, vaso de flores, ou simplesmente, destacar um canto mais aconchegante.
Cores neutras são a base dos ambientes minimalistas. Tons como branco, cinza, bege e preto ajudam a criar uma sensação de espaço e serenidade. Essas cores também permitem que você brinque com texturas e materiais sem sobrecarregar o ambiente visualmente.
Para evitar que o ambiente minimalista se torne frio ou monótono, incorpore texturas e materiais naturais. Madeira, linho, algodão e pedras são ótimas opções. Esses elementos adicionam profundidade e calor ao espaço, mantendo a estética simples e sofisticada.
No caso de revestimentos, a arquiteta aconselha pisos em grandes formatos, sem textura ou brilho.
Leia também:
– Tons de madeira em alta na decoração
Peças com linhas limpas e designs simples são ideais. Considere móveis multifuncionais, como sofás cama ou mesas extensíveis, que economizam espaço e aumentam a funcionalidade.
A falta de objetos decorativos facilita a organização e a limpeza do espaço, além de otimizar o tempo gasto nessas tarefas. “Optar por móveis e utensílios duráveis e atemporais, que valorizem o ambiente a longo prazo, incentiva o consumo consciente e sustentável, reduzindo o acúmulo desnecessário e o impacto ambiental”, destaca a arquiteta.
“Nesse tipo de proposta, o “menos é mais”. O minimalismo vai contra os estilos clássico e romântico, com menos uso de almofadas e cortinas, mas priorizando a estética e o design. Mesmo com o minimalismo na arquitetura, podemos tornar os ambientes mais aconchegantes, usando elementos naturais como plantas e flores, proporcionando um toque de vida e frescor ao espaço. Também é possível acrescentar a tecnologia dos materiais modernos como madeira, vidro, aço e tecidos, conferindo maior sofisticação ao projeto”, ressalta Ana.
Embora o minimalismo favoreça a simplicidade, isso não significa que seu espaço não pode ter personalidade. Adicione toques pessoais com moderação, como uma obra de arte, uma planta ou um livro favorito. Esses elementos devem ser cuidadosamente selecionados para complementar a estética geral sem sobrecarregar o ambiente.
Para criar um ambiente minimalista personalizado e que atenda às necessidades específicas do cliente, é importante consultar um profissional de arquitetura ou design de interiores, que vai auxiliar na escolha dos móveis e objetos, na definição da paleta de cores e na organização do espaço, garantindo um resultado harmonioso e funcional. “Na verdade, acredito que os projetos devem ter a personalidade do cliente, onde o arquiteto passa a ser o condutor que torna o planejamento possível”, conclui.
Postado por Júlia Magalhães em 21/jun/2024 -
A madeira nunca sai de moda; no máximo, suas variações de cor oscilam entre mais claras e mais escuras. Os tons de madeira são uma das matérias-primas mais presentes na arquitetura e nos interiores, seja em projetos residenciais ou corporativos.
Em 2023, o destaque foi o tom pau ferro, que quebrou o domínio das madeiras claras dos últimos anos. Para 2024, arquitetos e indústrias estão apostando em uma mistura de tons de madeira. Confira os cinco amadeirados mais presentes em projetos de arquitetura, lançamentos de produtos e acabamentos em interiores.
Inspirado na técnica de carbonização da madeira, muito comum em revestimentos arquitetônicos no Japão, a madeira negra vem ganhando, cada vez mais, espaço em revestimentos de arquitetura e mobiliários. A Indústria de concretos arquitetônicos Castelatto é exemplo disso. Por meio de estudos e pesquisas, no qual trouxe ao Brasil um grupo japonês especializado na técnica, desenvolveu a linha de revestimentos denominada Shou Sugi Ban, garantindo fielmente a estética da madeira oriental para a arquitetura brasileira.
Já, segundo Karla Maluf, sócia empresária da imobiliária, Agulha no Celeiro, a preferência por mobiliários com madeiras claras ainda são preferência, para quem busca comprar imóveis já mobiliados. “Principalmente no mercado de alto padrão, percebemos que casas e apartamentos que trazem cores mais claras, como o marfim, na maioria, vendem mais fácil”, explica.
Acompanhando ainda as inspirações do design industrial e escandinavo, que permanecem em alta, as nuances de tons acinzentados, incluindo a madeira, seguem essa tendência. “O cinza combina muito bem com o design e arquitetura contemporânea. Aplicamos bem madeiras acinzentadas em pisos, revestimentos e até mesmo na personalização que o cliente contrata, que inclui os mobiliários”, explica Alex Sales, CEO da construtora e incorporadora, Alumbra.
Um padrão clássico de madeira, que combina com residências que buscam sofisticação e estilo atemporal. Um dos principais padrões solicitados em projetos residenciais, de acordo com dados da indústria de mobiliários de alto padrão Evviva.
Postado por Júlia Magalhães em 03/jun/2024 -
O termo “casa inteligente” está cada vez mais em evidência, mas poucas pessoas entendem realmente o conceito e menos ainda sabem como colocá-lo em prática. Como qualquer nova tecnologia, a transformação digital traz certa apreensão.
Para ajudar a desmistificar essa inovação, a Fast Shop convidou Tato Tarcan, especialista em inteligência artificial (IA) e parceiro na criação de conteúdos de tecnologia, para explicar de forma simples e direta como a IA, presente em diversos eletrodomésticos, pode facilitar a rotina das pessoas.
Já conseguimos integrar muitas das novidades que a indústria tecnológica proporciona em nosso dia a dia. Da Siri, presente nos smartphones, passando por assistentes domésticos como a Alexa, até tecnologias funcionais para o trabalho como o ChatGPT.
E os exemplos não param por aí. Temos bots que atendem em centrais de suporte e fazem a triagem dos chamados, e aplicativos de rotas que identificam possíveis engarrafamentos e calculam o trajeto mais eficiente em tempo real, baseando-se nos dados dos próprios usuários.
“IA é a capacidade das soluções tecnológicas de simular a inteligência humana. Já a casa inteligente se refere a equipamentos domésticos equipados com IA”, define Tato.
A casa do futuro, com ambientes tecnológicos, eletrodomésticos e móveis conectados entre si, mantendo o aconchego que um lar deve ter, já está à disposição da sociedade. Com dispositivos acionados por comando de voz, é possível trancar portas, acionar aparelhos de ar-condicionado, ligar a máquina de lavar roupas e controlar persianas, por exemplo.
“Parece tema de ficção científica, mas a verdade é que essa realidade já faz parte da sociedade moderna e tem tudo para aumentar sua relevância nos próximos anos”, diz o especialista.
No entanto, a automação residencial não se limita apenas ao controle de eletrodomésticos. Sistemas de segurança integrados, como câmeras inteligentes e sensores de movimento, também fazem parte desse universo, proporcionando maior tranquilidade e proteção para os moradores.
Além disso, a eficiência energética é um grande benefício das casas inteligentes, com termostatos que aprendem a rotina dos moradores e ajustam a temperatura automaticamente, reduzindo o consumo de energia.
De toda a cartela de serviços que a Inteligência Artificial (IA) oferece, os mais comuns por aqui são: sistemas de iluminação, segurança e automação de cortinas. Para quem ainda não mergulhou no universo de IA, Tato Tarcan lista cinco sugestões para equipar a casa e deixa um aviso: “É um caminho sem volta”.
1 – Hub de automação: um hub inteligente de automação residencial é um dispositivo central que se conecta a todos os dispositivos inteligentes em sua casa. Ele pode ser controlado por meio de um aplicativo móvel ou de voz, como a Alexa ou o Google Home, por exemplo. Esse é o ponto de partida para conectar os equipamentos.
2 – Iluminação: é possível montar um set de luz com lâmpadas inteligentes distribuídas entre os ambientes da casa programando os horários de funcionamento, intensidade de iluminação, cores e criar comandos de voz específicos para acioná-los.
3 – Aspirador de pó robô: esse é um dos itens mais surpreendentes e que fazem a parte pesada da limpeza. Existem diversos modelos, dos básicos, que aspiram a casa, até os mais tecnológicos que além de aspirar passam pano, esvaziam depósitos de água e fazem polimentos em pisos. Esses equipamentos possuem uma tecnologia capaz de mapear ambientes, garantindo a limpeza por completo.
4 – Máquina lava e seca roupas: o único trabalho é colocar as roupas sujas dentro do tambor e adicionar o sabão. Através de um simples comando, a máquina lava e seca roupas.
5 – Climatização de ambientes: em dias quentes, é possível programar os aparelhos de ar-condicionado para refrigerar o lar momentos antes da chegada em casa, ou aquecê-los também.
A indústria moveleira está na vanguarda dessas inovações, trazendo novidades que permitem a automação dos móveis, tornando-os mais funcionais e adaptáveis ao dia a dia. Um exemplo disso são os sofás inteligentes, que podem ser ajustados (do estado normal ao retrátil) por comando de voz, oferecendo um conforto personalizado sem a necessidade de esforço físico.
Além disso, muitos móveis modernos estão sendo projetados com dispositivos de carregamento sem fio embutidos. Mesas de cabeceira, escrivaninhas e até mesmo sofás agora vêm equipados com carregadores sem fio, permitindo que você mantenha seus dispositivos carregados de maneira prática e eficiente.
Essas inovações não só aumentam a conveniência, mas também refletem uma tendência crescente de integrar tecnologia avançada no design de interiores. Com a evolução constante da tecnologia, a tendência é que a casa inteligente se torne cada vez mais acessível, permitindo que um número crescente de pessoas aproveite os benefícios da automação.