Postado por Thiago Rodrigo em 29/dez/2022 -
A adoção do sistema home office (trabalho em casa) aumentou exponencialmente desde 2020, decorrente da pandemia do novo coronavírus. Ainda que a experiência não tenha sido previamente planejada, ela tem demonstrado resultados positivos, conforme divulgado no levantamento da SAP Consultoria em Recursos Humanos.
Pesquisa realizada com 500 empresas nacionais apontou que 46% utilizam o trabalho home office e 52% decidiram aderir em razão da pandemia. Do grupo que implantou o modelo no ano passado, 72% informaram que planejam dar continuidade à prática.
Diante desse cenário, funcionários e prestadores de serviços tiveram que encontrar soluções para adaptarem o ambiente profissional no espaço doméstico. A designer Ana Noronha, coordenadora do curso Técnico em Design de Interiores do Senac EAD, esclarece a importância de delimitar um cômodo da casa para as atividades laborais.
“Evite escolher a sala de jantar como mesa de trabalho. Ambientes de home office não precisam de muita sofisticação e os fatores que devem ter prioridade são conforto acústico, ergonomia e boa iluminação por reduzirem problemas de saúde. Escolha um local silencioso da casa, longe de distrações para montar o espaço de trabalho”, explica.
– A tecnologia que ampliou a qualidade do colchão
A docente sugere investimento em uma mesa com mínimo de 60 centímetros de profundidade, e 100 centímetros de comprimento, a fim de acomodar computador, teclado, monitor e mouse. Outro cuidado importante é o assento, por isso procure uma cadeira ergonômica, com bom apoio lombar, ajuste de braço e assento, com rodízio.
“Trabalhar várias horas sentado exige essa atenção com a saúde e postura. Fique atento ainda a uma boa iluminação, proximidade com janelas para circulação do ar e apoio de luzes artificiais, de forma a evitar ofuscamento”, pontua.
Em algumas situações, são identificadas dificuldades para conseguir uma boa iluminação e acesso a interruptores de energia elétrica. Por isso, Ana aponta alternativas com baixo investimento.
“As luminárias de mesa suprem problemas emergenciais, mas pode-se adotar a instalação de equipamentos sobrepostos no forro, como spots, plafon e trilhos, evitando a realização de obras. Em relação às entradas de energia, existem no mercado várias opções de multiplicadores e extensões de tomadas”, revela.
A especialista do Senac EAD destaca que o período de isolamento social da população está criando uma característica comportamental chamada ‘Efeito Casulo’.
“Todos estão mais voltados para suas casas, percebendo mais o seu habitat. A casa deixa de ser um espaço para dormir, relaxar e receber. Passa a ser o local em que realizamos todas as atividades da nossa rotina diária. Então, o pensamento coletivo é o seguinte: Já que estou tanto tempo neste espaço, preciso deixá-lo mais adequado às minhas necessidades. Minha satisfação é aqui, meu lar, meu casulo”, esclarece.
Essa atitude reflete diretamente no setor de material de construção, plantas ornamentais e mobiliário. De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria Iemi, houve aumento de 11,1% no volume de compras do setor de mobiliário em 2020.
“Com o crescimento do segmento varejista, crescem consequentemente a busca por profissionais de Design de Interiores. Afinal, esses especialistas saberão traduzir os desejos e as necessidades dos usuários, aproveitando cada cantinho da casa, da melhor forma possível”, reforça a docente.
Ana Noronha elencou algumas dicas para auxiliar as pessoas interessadas em criar um espaço aconchegante de home office:
Postado por Thiago Rodrigo em 22/dez/2022 - 1 Comentário
Cada vez mais presente em projetos arquitetônicos, a madeira de demolição carrega consigo uma beleza natural, que pode estar presente tanto em ambientes internos quanto externos. Sua origem provém da demolição de vigas e assoalhos de antigas casas, galpões e edifícios ou até mesmo longínquos trilhos de trem, postes de madeira e móveis produzidos em um passado distante. Com anos de história e resistência, junto com a estética o novo uso se configura como um emprego ecologicamente correto.
“A beleza dos veios e ranhuras, combinada com a antiguidade da madeira é um ponto bastante positivo em termos práticos, já que com o tempo ela deixa de ressecar, empenar e envergar. A madeira de demolição também se destaca pela resistência a cupins e intempéries. Ela se fortaleceu com o tempo”, explica a arquiteta Isabella Nalon, à frente do escritório que leva o seu nome.
– O modelo ideal de cabeceira de cama
Ela ainda destaca a questão do estilo único, haja vista nenhuma peça é igual à outra. “Além da singularidade de um material natural, o desgaste sofrido por conta do tempo e as marcas deixadas pelos pregos nos faz admirar a estética. Se torna arte!”, complementa.
Para quem, como ela, aprecia a madeira de demolição, Isabella elencou os passos que segue em seus projetos desde a compra, cuidados e onde instalar.
A madeira de demolição é dividida em duas categorias. As tábuas, geralmente provenientes da estrutura de telhados e com a forma achatada e retangular, são empregadas para o revestimento de pisos e paredes. Já as peças são indicadas para as colunas da obra.
Em sua maioria, trata-se de madeiras de lei como peroba, ipê, jacarandá, carvalho e angelim, sendo que a mais comercializada atualmente é a de peroba rosa, matéria-prima proveniente do Sul do País. Mas a aquisição dessa madeira requer cuidados, segundo explica a profissional:
“Com a alta procura pelo material, existe uma oferta de madeiras novas, com aparência de desgastadas, e que são vendidas como demolição. Há de se observar com atenção para não comprar um material falsificado e sem esse conceito sustentável”.
– Móveis de acordo com o comportamento das pessoas
Então, antes de fazer a compra, é importante averiguar se essa venda é legalmente autorizada. Algumas lojas especializadas possuem certificados de venda e extração de madeira de demolição, garantindo sua procedência.
“Uma maneira eficaz de evitar essa fraude é solicitar a comprovação da autenticidade. Podemos pedir para visitar o estoque e observar o estado original das tábuas, que devem chegar com pregos, marcas e vestígios de tinta”, relata Isabella Nalon.
A madeira de demolição também pode estar presente nos móveis, com os traços que nos conectam ao décor de outrora. Na varanda, a arquiteta Isabella Nalon promoveu essa combinação com a material presente na parede da varanda | Foto: Julia Herman
A madeira de demolição vai muito bem em ambientes com uma proposta de decoração mais rústica, sendo comum encontrarmos peças como mesas de jantar, aparadores e cristaleiras. Em linhas gerais, contam com uma pintura desgastada, deixando o móvel com a aparência ainda mais rudimentar. Todavia, vale lembrar que esses traços não são exclusivos de um décor mais bucólico.
“Quando pensamos em madeira de demolição, nos vêm à cabeça móveis de madeira nobre e pesada, que nos remetem ao campo, às fazendas e um clima de aconchego e acolhimento, afinal os itens de madeira são, em sua maioria, escuros e quentes”, ressalta a arquiteta.
– Móveis rústicos no décor urbano
Em um equilíbrio e com um toque mais contemporâneo, os móveis e a madeira de demolição combinam muito bem em projetos modernos, dando um contraste interessante e de personalidade aos ambientes. Nessa proposta, o segredo é saber trabalhar a harmonia e utilizar a luz a seu favor. Para não carregar o ambiente e trazer um toque mais leve, o recomendado é investir em contrastes de móveis e tecidos.
Também é possível optar por uma decoração moderna com toques rústicos, ou uma decoração campesina, com toques modernos. “Manter a mesma proporção para ambos pode pesar o ambiente e até mesmo anular a presença de cada um dos estilos decorativos”, explica Isabella.
Na sala de jantar, pode ser adotada em mesas, piso e paredes. Já na sala de estar, por exemplo, pode-se utilizá-la em um painel de TV mais charmoso, um aparador ou um banco de madeira de demolição. Em paredes, servem de moldura para espelhos e buffets.
Além da sala, a madeira de demolição pode marcar presença na cozinha como revestimento de pias e balcões, contrastando com outras matérias primas como pedras de granito e mármore, garantindo uma personalidade única ao espaço.
“Considero muito primoroso o emprego da madeira de demolição no banheiro. Embora seja mais resistente à água, precisamos nos atentar ao tratamento com verniz para a impermeabilização da peça”, conta Isabella. Ao longo dos anos, é importante ter em mente a necessidade de retoques de impermeabilizante para prolongar a vida da peça.
Já as madeiras provenientes de trilhos de trem e postes de iluminação só podem ser utilizadas em áreas externas. O cuidado se justifica pela uma grande chance de estarem impregnadas com creosoto, um produto tóxico que costumava ser aplicado na madeira para aumentar a sua durabilidade.
Não existe uma limitação para o uso de móveis rústicos e o mercado dispõe de uma infinidade de peças como bancos, mesas, cadeiras, camas, armários para quarto e para sala, cômodas, criados, aparadores, espelhos e muitos outros. Isabella preparou algumas orientações de como incluir no projeto de interiores:
É preciso ficar atento e realizar uma manutenção preventiva, limpando e verificando a qualidade das peças de tempos em tempos para não comprometer a durabilidade.
A limpeza da madeira de demolição é feita com máquinas de água de alta pressão. Após estarem secas, as tábuas precisam ser aplainadas para ficarem com a mesma espessura. Depois, são cortadas lateralmente para receber encaixes, se necessário. Após a preparação, a madeira precisa ser protegida contra a umidade com a aplicação de cera ou verniz, podendo ser brilhante ou fosco, a depender do resultado estético pretendido.
“Dou preferência para ceras à base de água, que não manchem com o contato de água e dispensam o uso de enceradeira. Na versão fosca, ainda preservam o aspecto natural da madeira”, complementa Isabella. Depois de aplicada deve-se tomar cuidado com a exposição à luz do sol e a artificial, que podem danificar o material.
No dia a dia, deve-se evitar o contato com a água – mesmo o pano molhado manuseado em pisos. Depois de varrer e aspirar o pó, deve-se, no máximo, passar um pano levemente único, praticamente seco.
Postado por Júlia Magalhães em 19/dez/2022 -
A decoração de fim de ano pede um toque especial. Com a chegada das festividades de Natal e Réveillon, aumenta a preocupação em deixar as áreas sociais perfeitas para receber os convidados. E não é para menos, afinal, ela soma à ocasião ao proporcionar um ambiente acolhedor e charmoso para receber amigos, familiares e o ano que está chegando.
Nesse ponto, os protagonistas são os espaços gourmet e de confraternização, tais como salas de jantar e estar, barzinhos, varandas, terraços, assim como os ambientes integrados e repletos de charme.
Aproveitando o momento, a Yamamura – especialista em oferecer soluções completas em iluminação –, elencou dicas incríveis para iluminar esses ambientes de forma correta. Confira!
Protagonistas do décor, normalmente as salas de jantar são amplas e integradas a outros ambientes. Dessa forma, é indicado criar uma variação entre as peças embutidas e as sobrepostas. No caso das luminárias embutidas, os plafons com iluminação de foco são as apostas para a luz geral de circulação do local. Já para as luminárias sobrepostas, a sugestão é pelo uso de pendentes ou lustres acima da mesa.
No caso do lustre – que costuma ser maior e mais imponente – geralmente é incluída apenas uma peça de destaque na sala de jantar. Já no caso dos pendentes – que na maioria das vezes são menores e mais versáteis – é permitido arriscar mais! Sendo assim, é possível criar diferentes composições, ao alternar modelos e suas respectivas alturas, para trazer uma atmosfera mais descontraída.
Tanto para a sala de jantar, quanto para as demais áreas sociais em que os convidados serão recebidos, a temperatura de cor recomendada é o branco quente (2700K a 3000K) para trazer a sensação de bem-estar.
Vale apostar em pendentes decorativos em cima das mesas ou cordões de luzes decorativos. Arandelas e plafons também são bem-vindos nesses locais. Para os espaços cobertos há mais opções de luminárias, pois não necessitam de peças com um grau tão elevado de proteção. Já os locais a céu aberto, como os terraços, estão sujeitos à ação de intempéries, exigindo cuidados. O recomendado é buscar por produtos com Índice de Proteção IP65 (resistente à
poeira e aos respingos d’água), IP66 (que suporta jatos d’água) ou IP67 (que resiste à imersão temporária de uma luminária).
No caso específico de bancadas de churrasco ou de preparação dos alimentos em áreas gourmet, a luz de temperatura branco neutro pode ser uma boa pedida (4000K) para auxiliar nas atividades e contribuir com a concentração.
Nas varandas cobertas, quando as luminárias se encontram muito próximas de áreas suscetíveis às ações de chuva e sol, também convém procurar por produtos de iluminação com o grau mínimo IP65.
Postado por Thiago Rodrigo em 15/dez/2022 -
Com diferentes tipos e acabamentos de mármore, quartzito e granito, é possível ter mobiliário em rochas naturais. Sim! Em algum momento você já pensou nesta possibilidade? Há diferentes marcas que fornecem este tipo de produto. Uma delas é a Brasigran, empresa de revestimentos em pedra natural, que conta com uma nova linha de mobiliários em rocha maciça.
A marca tem banheira, cubas, sofá e bancos. “Esses mobiliários em pedra maciça são o ponto alto de qualquer ambiente. Isso porque demonstram a imponência da rocha natural. Só a banheira, que possui 1,75 m x 85 cm x 62 cm, precisou de 136 horas de processamento na máquina e mais 128 horas de manuseio artesanal para acabamento”, explica Renata Malenza, diretora de marketing do grupo.
Primeiramente, a banheira oval em Mármore Raffaello, com tons predominantes de branco e cinza claro em seus cristais muito finos, tem beleza singular. Sua elegância nasce da combinação de seus tons com o movimento fluído de seus veios em cinza chumbo.
Sua resistência é proveniente da recristalização de uma mesma rocha. Ideal para qualquer tipo de projeto, áreas internas e externas, além de peças de design, o quartzito aceita os acabamentos polido, levigado, escovado e jateado.
Em segundo lugar, o sofá maciço em quartzito Emerald Green tem sua estrutura irregular somada a seus tons esverdeados criam uma conexão singular de delicadeza e fluidez orgânica.
O Quartzito Moulin Rouge é exótico com cores exuberantes possui combinação única entre a predominância bordô e seus veios verdes transformando peças e ambientes em verdadeiras obras de arte exclusivas e nobres. Assim como alguém que usa uma joia rara, os projetos com este quartzito destacam-se em ousadia e autenticidade.
Por sua vez, o Cuba em Quartzito Via Appia, é feito em tons terrosos marcantes e conta em seus seixos o leito de um rio de milhões de anos, do centro oeste brasileiro. Ademais, suas formas arredondadas são o resultado da erosão por água que criou seu formato naturalmente exclusivo.
De acordo com a Brasigran, é ideal para qualquer tipo de projeto, tanto para áreas internas como externas e peças de design, o quartzito aceita os acabamentos polido, levigado, escovado e jateado.
Por último, a Cuba em Quartzito Emerald Green tem sua estrutura irregular somada a seus tons esverdeados criam uma conexão singular de delicadeza e fluidez orgânica.
Postado por Thiago Rodrigo em 08/dez/2022 - 1 Comentário
Box, louças sanitárias, armários e metais: além desses itens, a bancada figura como outro recurso essencial para os projetos de banheiro e lavabos. Responsável por organizar o essencial e trazer funcionalidade ao apoiar a cuba, torneira, peças decorativas e itens pessoais – o que seria de nós sem um lugar para apoiar a escova de dentes ou de cabelo? –, o material deve compor com o mobiliário, bem como oferecer durabilidade e segurança.
Com um amplo portfólio de materiais, aos moradores pode pairar a dúvida sobre qual deles escolher, analisando características que vão muito além da aparência. Por isso, a arquiteta Andrea Camillo, à frente do seu escritório, desmistifica essa peça de grande peso – tanto com relação à sua estrutura, utilidade e o conjunto no décor. Acompanhe!
Pedras naturais: granito, mármore e limestone são algumas das mais empregadas nos projetos de banheiros e lavabos. Entretanto, ao mesmo tempo que são clássicas e elegantes, requerem cuidado por serem porosos e menos resistentes a riscos, manchas e arranhões. Para resolver a questão, a Andrea Camillo não abre mão da impermeabilização como maneira de preservar seu brilho e aumentar a durabilidade.
Pedras sintéticas: se configuram como materiais menos permeáveis e mais resistentes – no caso do porcelanato, um dos elementos mais empregados. “No passado, era muito mais usual trabalharmos com mármores e granitos. Todavia, com o tempo o material industrializado foi ganhando força por conta da sua variedade e especificações técnicas”, relaciona a arquiteta, que ainda considera a longevidade dos produtos, facilidade de manutenção e preços mais compatíveis com o orçamento dos moradores. “Também gosto muito do quartzo, que oferece uma aparência charmosa e atemporal aos ambientes”, acrescenta.
Nanoglass: é outro acabamento que figura na lista, produzido a partir de uma combinação entre resina e pó de vidro, torna as bancadas extremamente resistentes. Outra opção é o silestone: resultado da mistura entre quartzo natural com resina de poliéster, oferece mais de 70 possibilidades de cores que remetem ao limestone.
Madeira: porosa, apresenta um desempenho menor no quesito resistência. Mesmo assim, seus diferentes tons são capazes de dar um toque rústico e aconchegante ao ambiente, caso esse seja o objetivo do projeto arquitetônico.
Vidro: o material orna perfeitamente com banheiros úmidos ou que tem o uso frequente da torneira. O motivo: por ser quase 100% impermeabilizado, não sofre alterações, como outros materiais, além de adicionar transparência e leveza ao cômodo. Longevidade, impermeabilidade e a fácil limpeza são outras grandes vantagens desse tipo de tampo que é contemplado nos projetos em diversos tamanhos, formatos e espessuras.
Concreto ou cimento queimado: pouco requisitado em função do seu alto custo, são duráveis, de alta resistência e um aspecto moderno e industrial.
A arquiteta Andrea Camila relaciona outras questões para se conhecer sobre as bancadas.
O primeiro passo é reunir todas as medidas do ambiente e estudar – prudência que mitiga o risco de excessos ou prejuízos de circulação após a instalação. Como referência padrão, as cubas esculpidas ou embutidas no tampo devem ser instaladas a 90 cm do chão, enquanto as cubas de apoio, a aproximadamente 85cm. Porém, cada ambiente é único, singular e precisa atender as necessidades de cada morador.
Segundo Andrea, é fundamental considerar as individualidades do ambiente, além dos gostos e preferências do cliente. “No lavabo, costumo adotar o emprego de pedras naturais, uma vez que a incidência de umidade nesse ambiente é muito menor. Já nos banheiros de uso diário, o ideal é especificar produtos industrializados, como os quartzos, que são menos porosos e de simples manutenção”, completa.
Seguindo a linha de materiais propícios para cada tipo de ambiente, o porcelanato e o quartzo são alguns dos preferidos, tanto em função da variedade de estampas, assim como seu baixo nível de absorção de água.
Depois de uma verificação profusa, no que diz respeito ao décor a arquiteta sugere brincar com os formatos e materiais complementares. “Também é interessante ousar. Podemos misturar cores, texturas, estilos e materiais nas bancadas de banheiro”, indica.
Na rotina do dia a dia, os moradores precisam seguir as recomendações condizentes com cada material. Para as bancadas de madeira, um pano úmido, preferencialmente que não solte fiapos, envolvido com água morna e uma quantidade pequena de sabão, resolve com eficácia.
Para evitar manchas nas pedras naturais, a arquiteta sugere o uso de produtos neutros aplicados com panos macios ou esponjas. No que diz respeito às pedras sintéticas, o morador conta com uma gama maior de opções limpadores. Já com relação ao quartzo, a combinação de água e detergente costuma ser eficaz, mas em casos de sujeiras mais difíceis, o sapólio líquido pode ser considerado. Ainda assim, Andrea ressalta a necessidade de sempre verificar as indicações dos fabricantes.
Formada em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo e com especialização em Sustentabilidade pela Polytechnic University of Catalonia, Andrea Camillo construiu sua carreira junto com sua história familiar, iniciando-se no mundo do trabalho em uma parceria cheia de complementaridades com o trabalho de seu pai, na construtora Piave.
Acompanhando obras desde o início, logo ganhou conhecimento e autonomia para construir seu próprio caminho na arquitetura. Adicionou, assim, ao conhecimento das obras de construção civil um profundo mergulho em projetos de reformas e interiores, tanto para clientes residenciais quanto comerciais, encontrando sua assinatura pessoal.
Focada no atendimento durante e pós-obra, gosta da relação de confiança que constrói com seus clientes. Com extremo cuidado nos detalhes, afina seu olhar estético e funcional na escolha de materiais, cores e texturas, a fim de viabilizar conceitos claros em projetos sustentáveis – tanto para o meio ambiente quanto para o orçamento de cada projeto.
Postado por Júlia Magalhães em 07/dez/2022 - 1 Comentário
A Pantone Color Institute, empresa americana de consultoria de cores, acaba de anunciar a cor do ano para 2023. A tonalidade escolhida é a 18-1750. Batizada de Viva Magenta, a cor possui um tom específico e vibrante de vermelho e é inspirada na natureza, transmitindo vigor, energia, alegria e poder.
A diretora-executiva da Pantone Color Institute, Leatrice Eiseman, justifica a escolha pelo momento tecnológico que a sociedade vive: “Na era da tecnologia, procuramos inspiração na natureza e no que é real. A Pantone 18-1750 Viva Magenta descende das famílias dos vermelhos, especialmente o vermelho da cochonilha, um dos corantes naturais mais fortes e brilhantes do mundo.
Desde 2000, o Pantone Color Institute elege a Cor do Ano. A escolha é feita por um pool de especialistas de diversos países e leva em consideração tendências de comportamento, estilo e, até mesmo, mudanças sócio-políticas. O anúncio é uma referência, já que reflete tendências de comportamento e preferências dos consumidores, além de influenciar os produtos de consumo de design, moda, arquitetura e decoração de imóveis.
“O comunicado sobre a cor do ano da Pantone é um momento aguardado por arquitetos e designers de todo o mundo. Essa escolha faz parte de um extenso estudo sobre o momento cultural e histórico. A Viva Magenta reflete e inspira o recomeço após três anos de incertezas e desafios causados pela pandemia. Ela é uma cor viva, empoderada, pulsante, positiva e que chega para renovar a alegria de viver, além de nos reconectar com a natureza”, comenta a arquiteta do Grupo A.Yoshii em Campinas, Lorena Santos.
“Versatilidade é a palavra de ordem na hora de compor a decoração de um ambiente utilizando a Viva Magenta. A cor traz um charme especial para as decorações, completando o ambiente de forma ímpar”, explica a arquiteta.
É possível aplicar a cor nos móveis planejados ou em itens como poltronas, cadeiras, sofás. “A dica para não carregar o ambiente é combinar a Viva Magenta com tons mais sóbrios ou, para quem quiser realmente ousar, apostar em um ambiente monocromático. É uma aposta diferente para a criação de ambientes elegantes”, sugere. Cabe destacar que as cores são capazes de aumentar ou diminuir um ambiente. Em imóveis amplos, combinar móveis de tons mais escuros com os tons mais claros deixa o cômodo mais aconchegante.
No decorado do empreendimento Prestige da A.Yoshii em Campinas, o quarto de menina ganhou tonalidades da Viva Magenta na cabeceira e na banqueta. Já no projeto Soul, em Maringá (PR), o toque vibrante de cor foi para a poltrona.
Seja em pequenos detalhes ou em maior destaque, várias são as formas de usar a Viva Magenta na decoração. O tom ousado garante ambientes alegres, empolgantes e sensuais. “Sugiro utilizar a cor como ponto central em um ambiente monocromático. Essa estratégia “levanta” o ambiente e deixa o espaço mais descontraído”, explica Lorena.
Itens coringas, como as almofadas, são ótimas peças de decoração para dar um novo ar ao ambiente. Mantas, quadros e tapetes, como no decorado do empreendimento Mayfair, em Londrina, também são ótimas opções para brincar com a cor, fazendo uma mescla com outras tonalidades, estampas e sobreposições de texturas diferentes.
Paisagismo e arranjos florais
Ao analisar o círculo cromático, a cor complementar que contrasta com a Viva Magenta é o verde. Dessa forma, a cor 2023 é ideal para projetos paisagísticos, como é utilizada no jardim do empreendimento Prestige, em Campinas.
“Existem folhagens roxas avermelhadas como, por exemplo: Lambari Roxo, Colocasia, Esculenta Roxa, Abacaxi Roxo e Trapoeraba Roxa. Essas plantas conferem um toque especial, alegre e criativo”, indica.
Em apartamentos e ambientes indoor, é possível desfrutar da Viva Magenta em arranjos florais pela casa. “Uma opção interessante é combinar a cor Viva Magenta com cores primárias como azul, amarelo e vermelho. São composições que saem do lugar comum e trazem vida ao cômodo”, sugere a arquiteta.
Paredes, pisos e tetos
Estruturalmente, a Viva Magenta pode ser aplicada de diversas maneiras no ambiente. O papel de parede é uma boa aposta para quem quer mudar o visual, sem aplicar a vibrante cor na parede inteira. A composição garante um ambiente arrojado e divertido.
Para os mais discretos, a sugestão é combinar o tom de magenta com cores como preto, branco e cinza. Outra opção é investir na composição com tons amadeirados e off-white, criando ambientes rústicos e ao mesmo tempo aconchegantes. “Não são só as paredes que podem receber a cor do ano. Também é possível aplicar nos forros e roda-teto ou, até mesmo, nos pisos para uma proposta ousada”, finaliza.
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